sábado, 11 de outubro de 2014

Discussão Livro Capela

Bom Dia irmãos, hoje é um bate-papo sobre minhas impressões lendo o livro: "Os exilados da Capela", autor Edgard Armond editora Aliança.

"Danghetti, você está bem? Você leu um livro? Tá doente? Os alienígenas te sequestraram e substituíram por um clone para dominar o mundo?" Calma, sou eu mesmo, juro por Deus. Tô bem. Eu li esse livro porque eu gosto mundo desse tema, sou fanático por ficção-científica e esse livro parece ser uma história sobre alienígenas invadindo a Terra, mas ao contrário, não é ficção. Esse livro, psicografado por um médium, é a revelação de uma antiga raça ( quero definir a utilização da palavra raça no sentido de sinônimo de cultura, povo, etnia, não entender como superior ou inferior, não entender raça no modo preconceituoso, apenas como referência de aparência e origem genética.).

Primeiro, para quem não manja de vidas fora do corpo carnal, vamos explicar o sentido da vida como a conhecemos. O computador tem Hardware, Software, e o que liga os dois chama BIOS ou firmware. O átomo é feito de matéria (prótons, nêutrons e elétrons), energia (Fukushima), e o que liga os dois são as forças gravitacionais (forte e fraca, magnetismo). O ser humano é feito de corpo de carne, alma, e o que liga os dois é o perispírito, às vezes chamado de aura, chi, chacra, depende da cultura humana. Fica mais ou menos como na figura.



A alma não pode habitar a carne de forma permanente sem um perispírito. A alma sem perispírito pode temporariamente entrar na carne, o que chamamos de obsessão (fulano está possuído, baixou o santo). A carne não tem vida sem alma, e esse fato gera muita discussão no campo científico, sobre clones. Um clone humano teria vida própria? Depende de Deus. Se uma alma receber permissão para possuir um corpo clonado, ele viverá, embora isso alimentaria o ego dos cientistas ateus, e não vejo porque Deus faria isso. Provavelmente, o corpo viveria ligado a aparelhos em estado de coma e morreria, mas isso também geraria repercussões extremadas entre cientistas e teólogos. De fato, existem infinitas almas vagando entre este mundo e o céu, que desesperadamente aguarda uma oportunidade de nascer, viver e evoluir, e um clone sem vida parece desperdício.

Mudando de assunto, agora que você entende a definição espiritualista de corpo e alma, passemos ao assunto do livro. Capela é uma estrela na constelação do Cocheiro, entre Gêmeos e Touro. Capela é uma palavra antiga que significa Cabra, é a estrela mais brilhante da constelação, é uma Gigante Amarela Gasosa, em termos astronômicos isso significa que é milhares de vezes maior que o nosso sol, porém sua gravidade não é tão mais forte que o nosso sol, apesar do tamanho. Amarela é uma cor saudável para estrelas, que podem ser azuis (altamente radioativas e instáveis), brancas (fracas e sem vida), ou Vermelhas (morrendo, e auto-destrutivas, pois elas aumentam de tamanho engolindo seus planetas ou explodem em supernovas). Gasosa porque seu tamanho é muito maior que seu peso, ao contrário do nosso sol que é bem sólido.


Agora você já deve ter desconfiado do que se trata o assunto do livro. Lembremos as palavras do Mestre Jesus: "Não deixem seus corações aflitos; Creia em Deus e em Mim. 2 Na casa de Meu Pai existem muitas moradas; se não fosse assim, Teria dito que eu vou preparar uma casa para vocês? 3 E quando eu for preparar a casa para vocês, Eu voltarei e tomarei-os para mim, assim onde eu estiver vocês também estarão. E vocês saberão o caminho até mim"

Na tradução clássica católica, eles entenderam que devemos ser tolerantes e caridosos com as diversas culturas humanas, diferente de nossas crenças. Essa visão clássica está perfeitamente correta, porém limitada ao plano terrestre 2D. Pensemos em 3D, peguem seus óculos azul e vermelho. Na casa de Meu Pai existem muitas Moradas pode ter um significado Astronômico. No Universo existem muitos planetas habitados de vida inteligente. Jesus se refere como o responsável por "preparar" cada uma dessas moradas, portanto a figura de um Messias Salvador é comum a todos os planetas classe M (Jornada nas Estrelas) do Universo, onde Jesus se faz presente a todas as culturas e dita as regras Universais de Deus, e seus planos para todas as Suas almas, seus filhos.

Jesus também deixa implicado em suas palavras que a alma pode transitar entre os mundos (EU SENHOR, PELO SEU AMOR, ME TIRA DAQUI!!!). Assim almas mais evoluídas podem habitar uma cultura mais condizente com sua evolução, e almas mais primitivas ficam aqui na Terra e outras bolas de lama do Universo (Droga, já vi que vou ficar aqui um bom tempo, melhor pegar outra cerveja.). E Esse é o tema abordado pelo livro, que você pode concordar ou não, é claro que a Democracia garante a liberdade de crença e expressão, e no meu caso eu tomo como verdadeiras todas as palavras do livro, portanto não estarei usando palavras jornalísticas como "supostamente", ou " segundo o autor".

O livro (tenta) explicar como se deu a evolução do corpo humano até a forma atual. Vale lembrar o fato científico que Não foi encontrado o "elo perdido", a criatura que serve de intermediário entre o animal (macaco primata) e o ser Humano (Homo Sapiens Sapiens). Não existe explicação 100% convincente do porque temos mais componentes genéticos em comum com uma cobaia de laboratório do que com um chimpanzé. Também porque nós Seres Humanos inteligentes e complexos temos muito menos cromossomos que uma mosca de cozinha. O livro oferece uma explicação Divina para preencher esses buracos científicos.

Dividiremos a história humana em 3 ciclos:
  1. De acordo com os Desejos de Deus, Cristo meu Senhor fez um planejamento, uma espécie de "planta arquitetônica" em termos simples humanos, para que uma forma carnal pudesse evoluir as almas de forma mais eficiente, através da convivência com a matéria solidificada. Essa forma básica somos nós, um ser ereto bípede, relativamente frágil, que precisa de cuidados ao nascer e ao envelhecer, que tem sentimentos, desejos, alegrias e sofrimentos. Existem outras formas no Universo? Não foi revelado a nós. Na teoria, sim, pois almas brutas e violentas precisam de um corpo mais robusto, e almas suaves e delicadas ficariam mais confortáveis em um corpo condizente. Mas em geral, a evolução da alma exige um corpo de certa forma limitado e necessitado de cuidados, o que exige um trabalho da inteligência para a sobrevivência. Essa é a primeira e mais fundamental diferença entre o animal e o ser humano, o uso da inteligência da alma para a sobrevivência.
  2. Os seres que surgem de Deus antes da vinda do Messias. Nessa fase da evolução, mais ou menos sem uma organização Divina, as almas tem uma tendência a se organizarem em grupos para sobreviver, porém ao contrário dos planos de Deus, essa sobrevivência gera conflitos, pecados, abusos de poder, uma predominância dos instintos e desejos sobre a inteligência. Além dos 10 mandamentos, existe uma regra Divina comum a todos no Universo: " A INTELIGÊNCIA DEVE SEMPRE SER USADA PARA CONTROLAR OS IMPULSOS E DESEJOS ANIMAIS DO CORPO." pense em um Cowboy domando um cavalo selvagem. No início, o cavalo é muito mais forte e está irado, o Cowboy apenas se segura para não cair, sem controle. Mas aos poucos o animal cansa e perde as forças, nesse momento o cowboy usa sua inteligência para acalmar a fera, e lhe ensina a ter disciplina e a aguardar os comandos do mestre. Ao fim do treinamento, o cavalo reconhece que está domado, e que sua força e potência não são nada sem o controle da inteligência.
  3. Inicia no Mestre encarnado e se encerra, no caso da Terra, no nosso apocalipse, previsto pelo meu Padrinho João Evangelista, no terceiro milênio no período de aquário ( não sei quando é isso). Resumindo o apocalipse, uma grande guerra que terá causas extra-terrestres (provavelmente um meteoro) matará 90% dos homens, e os sobreviventes escolhidos terão a missão de viver uma vida mais inteligente e livre de pecados, mais próxima do evangelho (desculpe amigo pecador, seu bonde tá passando e se você não pegar o das 11horas, só amanhã de manhã.)
O livro faz uma interessante definição de como Deus age no Universo, através do Verbo. Verbo para nós tem sentido de fazer uma ação, mas nos tempos antigos era traduzido como pensamento. Deus tem um pensamento de como quer feita sua vontade, e nós, Seus servos, fazemos nosso melhor para tornar isso realidade. Isso também é sugerido na Bíblia, quando Jesus diz que não vem contradizer o velho testamento, mas sim se fazer compreender o significado do que foi escrito. Sugere então outro entendimento da Gênese, que Deus teria descido das águas e se fez como o homem para criar o homem do barro. Deus criou antes de tudo, As Leis Naturais, que nós chamamos de ciência. Toda a criação de Deus segue as Leis Naturais e nunca são quebradas. A Inteligência Divina não precisa "Descer" até aqui "embaixo" para criar as coisas, isso seria "pouco inteligente". Deus fez o Universo de tal maneira que ele próprio se cria para satisfazer a vontade de Deus, nós inclusive. Portanto nossa evolução segue a lei da evolução, éramos uma bactéria, depois peixe, depois sapo, depois dinossauro, depois rato, depois macaco e por fim o "Elo perdido". Esse animal foi escolhido pelos servos de Deus (servo é uma honra, não é escravo) para receber a alma dos filhos de Deus. Assim houve uma adaptação do corpo daquele animal para receber um porte mais ereto, mãos mais habilidosas e cérebro maior.

Vou transcrever integralmente uma carta de meu Senhor João Evangelista:
    " Adão ainda não tinha vindo. Porque eu via um homem, dois homens, muitos homens e no meio deles não via Adão, e ninguém conhecia Adão.
     Eram os homens primitivos, esses que meu espírito absorto, contemplava. Era o primeiro dia da humanidade. Porém, que humanidade, Meu Deus!
     Era também o primeiro dia do sentimento, da vontade e da luz, mas de um sentimento que apenas se diferenciava da sensação, de uma vontade que apenas desvanecia as sombras do instinto.
     Primeiro que tudo o homem procurou o que comer. após procurou uma companheira, juntou-se com ela e tiveram filhos. Meu espírito não via o homem do paraíso, via muito menos que o homem, coisa pouco mais que um animal superior.
     Seus olhos não refletiam a luz da inteligência, sua fronte desaparecia sob o cabelo áspero e rijo da cabeça, sua boca, desmesuradamente aberta, prolongava-se para diante, suas mãos pareciam com os pés e frequentemente tinham o emprego destes. Uma pele pilosa e rija cobria as suas carnes duras e secas, que não dissimulavam a fealdade do esqueleto.
     Oh! Se tivésseis visto, como eu, o homem do primeiro dia, com seus braços magros e esquálidos caídos ao longo do corpo e com suas grandes mãos pendidas até os joelhos, vosso espírito teria fechado os olhos para não ver e procuraria o sono para esquecer.
     Seu comer era como devorar, bebia abaixando a cabeça e submergindo os grossos lábios nas águas, seu andar era pesado e vacilante como se a vontade não intervisse. Seus olhos vagavam sem expressão pelos objetos, como se a visão não se refletisse em sua alma. E seu amor e seu ódio, que nasciam de suas necessidades satisfeitas ou contrariadas, eram passageiras como as impressões que se estampavam em seu espírito e grosseiros como as necessidades em que tinham sua origem.
     O homem primitivo falava, porém não como o homem: alguns sons guturais, acompanhados de gestos, os precisos para responder às suas necessidades mais urgentes. Fugia da sociedade e buscava a solidão. Ocultava-se da luz e procurava indolentemente nas trevas a satisfação de suas exigências naturais.
     Era escravo do mais grosseiro egoísmo. Não procurava alimento senão para si. Chamava a companheira em èpocas determinadas, quando eram mais imperiosos os desejos da carne. Satisfeito o apetite, retraía-se de novo à solidão sem mais cuidar da prole.
     O Homem primitivo nunca ria. nunca seus olhos derramavam lágrimas. O seu prazer era um grito e sua dor era um gemido. O pensar fatigava-o. Fugia do pensamento como da luz.
(...)
     E nesses homens brutos do primeiro dia o predomínio orgânico gerou a força muscular, e a vontade subjugada pela carne gerou o abuso da força. Dos estímulos da carne nasceu o amor. Do abuso da força nasceu o ódio, e a luz, agindo sobre o amor e sobre o tempo, gerou as sociedades primitivas.
     A família existe pela carne, a sociedade pela força. Moravam as famílias à vista de todos, protegiam-se, criavam rebanhos, levantavam tendas sobre troncos e depois caminhavam sobre a terra.
     O homem mais forte é o senhor da tribo, a tribo mais poderosa é o lobo das outras. As tribos errantes, como o furacão, marcham para adiante, e como gafanhotos, assaltam a terra onde pousam seus enxames."

Essa é a melhor definição da Humanidade que alguém poderia ter escrito, me deixou emocionado. O prossegue explicando um fato geológico interessante. Por motivos que a ciência desconhece, o eixo de rotação da Terra foi perturbado, especula-se que um corpo astronômico muito grande, uma lua ou cometa de ferro, tenha passado perto da Terra e "chaqualhou" o planeta como uma criança pulando em um lago calmo. Assim iniciou-se a Era do gelo (não me processe Disnei, não tem nada a ver com vocês). O homem então adaptado a um clima tropical foi forçado a pensar novas maneiras de se proteger, usando roupas, fogo e dividindo alimentos entre os membros da tribo, forçando um salto evolutivo na sociedade. Passado a perturbação o eixo da Terra inclinou de novo, e surgiu o Dilúvio Universal, descrito por Noé. 

A Carta do Mestre continua:
     " Depois do primeiro dia da humanidade, o corpo do homem aparece menos feio, menos repugnante à contemplação de minha alma. Sua fronte começa a debuxar-se na parte superior do rosto, quando o vento açoita e levanta as àsperas melenas que a cobrem. Os seus olhos são mais vivos e transparentes. O seu nariz é mais afilado e levantado e a sua boca é menos proeminente.
     Seus braços são menos longos e esquálidos, suas carnes menos secas, suas mãos menos volumosas e com dedos mais prolongados. Os ossos do esqueleto mais arredondados, mais bem dispostos aos movimentos das articulações. Maios elasticidade existe  nos músculos e mais transparência na pele que cobre o corpo.
     No seu olhar se reflete o primeiro raio de luz intelectual, como um primeiro despertar do seu espírito adormecido. No seu caminhar, já menos lerdo e vacilante, advinha-se a ação inicial da vontade, o princípio das manifestações espontâneas.
     procura a mulher e não mais a abandona, assiste-lhe no nascimento dos filhos, com quem reparte o calor e o alimento. O sentimento começa a despertar-lhe."

 

Eu fico por aqui, mas tem muito mais a aprender com este fantástico livro, recomendo a todos. Fiquem com Deus, um forte abraço.

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