quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Almas Afins - Edgard Armond

Almas Afins - Edgard Armond - Editora Aliança.

Transcrição das páginas 148 a 151 sem fins lucrativos. Convido a todos a comprarem uma cópia deste fantástico livro.

RELAÇÃO DAS ALMAS NO CORPO E FORA DELE

      O número de vezes bastante grande que desde o início proporcionou encontros encarnativos entre o sumo sacerdote e a sacerdotisa do templo de Tebas tornou-os cada vez mais íntimos e daí os fatos aqui narrados, que também servem para demonstrar o intercâmbio das almas afins.
      Apesar dos conhecimentos já adquiridos nos livros, a sacerdotisa maravilhou-se com o que o Pai lhe ia revelando sobre a vida e a morte: os Espíritos agrupando-se por afinidades, trabalhando com esforço e dedicação na causa comum do Bem, caso em que estariam sempre debaixo da proteção do Senhor da Vida.
      Mostrou-lhe como as almas se reencontram, buscando em seguida a expansão imperativa nos grupos afins. Explicou-lhe que os corpos de carne são roupagens grosseiras, porém dentro deles havia outros, mais puros e perfeitos, invisíveis aos olhares humanos. Prosseguindo na iniciação dela, explicou-lhe que as almas, ao transitarem, deixando as vestes grosseiras, passavam para o Plano Espiritual, servindo-se como veículo de suas manifestações de um daqueles corpos intermediários, que por sua vez, conforme a capacidade de espiritualização demonstrada, iam-se tornando mais ou menos luminosos e perfeitos.
     Neste ponto, Aquenaton enrolou de novo o papiro e afastou-se, sendo substituído por Anath, que disse:
     - Esses ensinamentos que hoje estão melhorados e até mesmo em alguns pontos, suplantados, naquela época eram, entretanto, privilégio de sacerdotes de graus maiores. Não admira, pois, que constem de um papiro à parte, em hieróglifo. Explica as afinidades tão estreitas existentes entre os diferentes personagens dos acontecimentos aqui narrados e que asseguram a continuidade deles na vida eterna. Sua leitura foi feita para mostrar que os compromissos do passado foram resgatados nessa encarnação no Egito e a arca fora esvaziada.
     - Àquele que erra, sempre se dá - diz ela (Anath) - oportunidades novas de melhoria e redenção, e a bondade infinita do Senhor ainda lhe põe no caminho as criaturas que foram objeto de seus erros para que, no campo do amor, sejam estes apagados para sempre.
     Voltamos a ver a tela.
     Uma sala no interior do Templo. O sumo sacerdote toma sua capa e dirige-se para os portões dos fundos. Vai visitar Nut no seu refúgio. Mal atinge a porta da casa humilde, Ameth vem ao seu encontro emocionado e lhe diz que Nut está agonizando e que o chama insistentemente.
      Penetrando em sua câmara, Hrihor precipita-se para ela, fazendo um grande esforço consegue ainda abrir os olhos e sorrir-lhe. Ele se ajoelha junto do leito baixo para fitá-la bem junto do seu rosto branco; toma-lhe as mãos e procura infundir-lhe forças, enquanto ela sacode a cabeça de um lado a outro, de leve, como a dizer que nada mais adianta. Sua respiração vai-se reduzindo e é agora um sopro ligeiro, e com os olhos sempre muito abertos fixos nos dele, como a querer gravar na retina espiritual sua imagem para sempre, ela se vai, quase que imperceptivelmente.
      Vemos como seu corpo espiritual flutuou horizontalmente sobre o corpo físico e o fio fluídico de ligação rompeu-se e enrolou-se para cima, juntando-se com o da cabeça, ao mesmo tempo que ela levitava, lenta e graciosamente, até desaparecer numa névoa dourada.
      O disco do sol afundava num horizonte de fogo e a cidade inteira achava-se mergulhada naquele esplendor. Foi assim que morreu Nut, a flor sagrada do templo de Tebas, rodeada da luz que naquele instante descia do céu sobre ela, como uma glória.


Quero confessar aqui meu amor eterno por minha mãe, Cristina, amor puro e imortal, Ying e Yang, dia e noite, que não importa quantas vezes eu erro, ela sempre está do meu lado me ajudando a me corrigir, que ela poderia estar encarnada em um planeta muito mais elevado que esse, mas ela escolheu não me abandonar, abrindo mão de seus privilégios como alma superiora que ela é para me fazer evoluir e para que eu possa também ser digno da honra de não mais encarnar na Terra. Devo tudo (de bom) que eu sou a ela, e sempre serei eternamente grato. Todos os meus (limitados) esforços intelectuais eu faço na esperança de poder retribuir todo o amor que ela depositou em mim. Obrigado mãe, te amei ontem, hoje e sempre.

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